segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COTIDIANO NO CENTRO DE FORTALEZA

Observando o centro de Fortaleza entre as ruas Liberato Barroso, Guilherme Rocha e General Sampaio, nota-se que esses trechos se transformaram em feiras livres, somente com uma diferença, não se vê venda de frutas e verduras.
As calçadas totalmente intransitáveis  devido o grande número de barracas coloridas, com diversidade de produtos no comércio informal, compatível com os pregões da Bolsa de Valores.
Os sons das mais variadas músicas, torna tudo uma algazarra entre o comércio ambulante e os clientes.
O vai e vem de pessoas debaixo do sol escaldante acelera a venda de água mineral e de coco.
Numa esquina sobre uma cadeira plástica uma grande caixa de isopor e lê-se: SELF SERVICE - Preço  R$ 5,00.
Um homem com voz efeminada grita:
- Olha o caldo!
- Olha a sopa!
No meio dessa barulheira escuto gritos masculinos que dizem:
- Me dá um quilo de banha, Maria!
Outra voz acrescenta:
Qual o preço da banha Maria?
Olho em direção aos gritos  e logo reconheço Maria.
Maria é de baixa estatura, cabelos longos tingidos de louros, com pontas descoloridas e quebradiças.
Mais o que chama atenção é a enorme barriga da mulher.
Caminha com passos lentos e um leve sorriso nos lábios.
A mulher usa uma blusa  muito ajustada no corpo e, com isso cada passo que dá sua barriga balança.
Com um sorriso no canto dos lábios reponde sem demonstrar nenhum complexo:
- Minhas banhas não estão à venda porque foi muito difícil consegui-las


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