terça-feira, 30 de dezembro de 2014
FELIZ ANO NOVO!!!
AGRADEÇO AOS MEUS LEITORES POR TODAS VISUALIZAÇÕES E QUE EM 2015 POSSAMOS CONTINUAR JUNTOS.
FELIZ ANO NOVO!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
REPENSANDO O NATAL

essencialmente cristã. Autoridades eclesiásticas e estudiosos reconhecem
que o cristianismo sofreu uma forte influência pagã durante os
séculos II e III quando os imperadores, supostamente convertidos ao cristianismo, tentaram decretar uma “conveniente” cristianização do império.
No século III D.C., por exemplo, no ano 274, o imperador romano
Aureliano, na tentativa de unificar o seu domínio, escolheu o deus sol invencível (solis invictus) como a divindade suprema para todo o império. Natal era a comemoração do nascimento do sol invicto “Natale Solis Invictus”, no dia 25 de Dezembro - o solstício, o retorno do sol a sua posição mais elevada - quando a data era comemorada com bebida, comida, presentes e muita folia. O Édito de Milão, promulgado por Constantino e Licínio no século IV D.C., proibia a perseguição dos cristãos e oferecia facilidades aos que se declarassem seguidores de Cristo, de modo que os pagãos idólatras foram adaptando suas crenças aos símbolos e figuras cristãs como forma de sobrevivência e conveniência política.
Papai Noel, outro mito natalino, surgiu na Holanda, em meados de 1920, e foi absorvido pelo oportunismo americano que transformou Nicolau de Mira, nascido no mês de dezembro, em garoto propaganda dos que fabricam, comercializam e lucram com a sensibilidade popular, principalmente a das crianças.
Nesta lamentável paganização e comercialização da fé cristã, o
homem moderno continua física, emocional e espiritualmente carente, enquanto lhe é oferecido uma gama de produtos incapazes de torná-lo plenamente realizado.
As ofertas desnecessárias, os crediários abusivos, as reuniões
desprovidas da real amizade, as ações em favor dos privilegiados, as rodadas de bebidas e as ladainhas religiosas não parecem retardar o processo de decadência de uma sociedade que se afasta de Deus.
Para não parecer apocalíptico, resta-nos a esperança de que os
verdadeiros cristãos se dignem à promoção do expurgo espiritual
desta data natalina. Quem sabe numa outra data, histórica e biblicamente mais precisa, sem 'Papai Noel', sem presentes, sem árvores e sem comilança, pudéssemos focalizar na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
O Jesus menino, esperança de vida plena, abundante e eterna,
seria, portanto, reconhecido, adorado e vivenciado pela prática dos seus ensinos, pelo exemplo da sua vida sacrificial, pelo poder perdoador da sua morte e pela viva esperança da sua ressurreição que o reconduziu à condição de Deus vivo, presente e salvador de todo aquele que nEle confia.
(Armando Bispo da Cruz)
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
A MANJEDOURA CULTURAL

de dois mil anos, me faz pensar que aquele berço improvisado era uma
verdadeira nave cultural, capaz de levar mentes e corações a alçarem
voos pelos caminhos da sabedoria, equilibrando amor fraternal e
conhecimento, numa proporção de medida certa, onde a racionalidade
Espiritualizada dá o ponto de liga.
Jesus com suas figuras de criança, jovem e adulto representa o
alimento cultural que precisamos para compreender o real significado da
Vida Cristã na Terra. Imaginá-lo sem ser uma Fonte Luminosa de
esclarecimentos ou aceitá-lo apenas como instrumento de comunhão, amor e
Salvação, poderá nos deixar incultos diante dos portais da Escola da
Eternidade, que necessita do nosso histórico Espiritual edificante, para
nos matricular nas melhores turmas da evolução.
Amor sem cultura é sentimento sem fervura, cultura sem amor é
patrimônio sem valor, por isso, quando penso na Manjedoura Cultural que
recebeu o Senhor dos Sábios, compreendo claramente que as palavras, os
cenários, os gestos, os sons e todos os outros elementos que permeiam as
artes, esperam de nós, artistas humanos imperfeitos, as manifestações
criadoras que produzam a Paz, a solidariedade, o respeito, a Justiça e o
amor puro que estão contidos na essencialidade de Deus.
Que pena que muitos cérebros estimulados por graduações e
pós-graduações não utilizem as sinapses para o elucidamento cultural de
suas mentes, tendo como base teórica e prática os ensinamentos de Jesus,
que da manjedoura à Cruz, nos deu a maior Universidade preparatória para
a Vida Eterna.
Olhemos ou toquemos, portanto, aquela manjedoura de Belém como o
nosso mais rico berço cultural, capaz de desligar a nossa alma das
tradições, das lendas, das letras, das cenas, das sonoridades, das
cores, dos sabores e de todas as outras contextualidades da cultura sem
raízes com o Evangelho de Jesus.
Feliz e Culto Natal para todos.
Paulo Roberto Cândido
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza-AMLEF
Cadeira 29
Patrono: Antônio Sales
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza-AMLEF
Cadeira 29
Patrono: Antônio Sales
Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos-ALASAC
Cadeira 01
Patrono: Esmeraldino de Vasconcelos
TEXTO PUBLICADO NO BLOG VARAL DO BRASIL EM GENEBRA.
Cadeira 01
Patrono: Esmeraldino de Vasconcelos
TEXTO PUBLICADO NO BLOG VARAL DO BRASIL EM GENEBRA.
ENCANTADO MUNDO DA FANTASIA
Levo LUANA para o palácio de CINDERELA que lhe mostra seus sapatos de
cristal.
Ali vizinha mora BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES que levam RAISSA para
brincar na floresta.
OS TRÊS PORQUINHOS se aproximam de ÍTALO
e saem cantando e dançando.
MIKAEL fica encantado com a beleza de CHAPEUZINHO VERMELHO que o leva
para conhecer sua vovozinha.
IAN sai correndo e encontra ALADIM E SUA LAMPADA MARAVILHOSA.
O cisne que foi O PATINHO FEIO nada com muita beleza no lago onde
WENDELL lança algumas pedrinhas.
Agito minha varinha de condão e vejo reis e rainhas, príncipes e
princesas, castelos, florestas onde moram bruxas e duendes.
Tia Ceiça vai a procura de seus alunos
mais ao se aproximar do mundo encantado foi impedida de entrar por
SININHO que dava voltas sobre sua cabeça.
Então Tia Ceiça convidou CELESTE que num abrir e fechar de olhos viajou até aquele longínquo país onde seus
alunos tinham ido brincar.
Então o Sol que naquele mundo sempre tem um largo sorriso, dá uma
piscadela de felicidade.
IAN- WENDELL- ÍTALO- RAISSA - LUANA e MIKAEL, escrevem suas biografias
no Livro Encantado do Mundo da Fantasia.
Fátima Silva
Apresentação do livro ENCANTADO MUNDO DA FANTASIA dos alunos do 1o. Ano B - Professora Ceiça Paiva.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
O NASCIMENTO DE JESUS EM 2014
Maria e José são dois jovens pobres tementes a
Deus e moram no bairro Vila Velha. Pelas estatísticas um dos bairros mais
violentos de Fortaleza.
Maria uma jovem de pele negra, com vestido
simples, cabelos compridos soltos, calça sandália rasteirinha. José, um jovem
também de pele negra, calças jeans, camisa de malha e sandálias havaianas.
Ele trabalha de servente de pedreiro enquanto
Maria dá aulas de reforços para algumas crianças vizinhas, também ganha algum
dinheiro cuidando de bebês enquanto suas mães vão a um posto de saúde, ou fazer
alguma compra no supermercado.
José passa na casa de Maria à tardinha, eles
estão noivos, conversam um pouco sobre o futuro e se despedem pois José tem que
acordar cedo para trabalhar.
Maria fica olhando José afastar-se, entra para
seu quarto e se assusta ao vê um anjo que lhe diz:
-SALVE, AGRACIADA; O SENHOR É CONTIGO, BENDITA
ÉS TU ENTRE AS MULHERES.
Maria escuta com assombro o que o anjo lhe
diz: -
MARIA, NÃO TEMAS PORQUE ACHASTE GRAÇA DIANTE DE DEUS. E EIS QUE EM TEU VENTRE CONCEBERÁS E DARÁS A LUZ, A UM FILHO, E POR-LHE-ÁS O NOME DE JESUS. ESTE SERÁ GRANDE E SERÁ CHAMADO FILHO DO ALTÍSSIMO: E O SENHOR DEUS LHE DARÁ O TRONO DE SEU PAI
Maria assustada fala ao anjo:
- COMO SE FARÁ ISSO, SE AINDA NÃO CASEI? O anjo lhe responde: - DESCERÁ SOBRE TI O ESPÍRITO SANTO, E A VIRTUDE DO ALTÍSSIMO TE COBRIRÁ,
E DE TI HÁ DE NASCER O FILHO DE DEUS. Maria então responde: ------- EIS AQUI A SERVA DO SENHOR; E CUMPRA-SE EM MIM A SUA VONTADE;

- GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE. Alguns moradores de rua ao ouvirem aquele cântico correm em direção a brilhante estrela e lá encontram Maria, José e JESUS, deitado na manjedoura Um carro muito bonito se aproxima do local e para. O motorista pega seu celular e começa a tirar fotos e a postar nas redes sociais, a notícia circula por todos os meios de comunicação As ceias são interrompidas, Papais Noel são deixados de lado, os presépios esquecidos, as luzes das árvores de Natal são apagadas no mundo inteiro. Toda Terra está iluminada pela Estrela que irradia luz e cobre toda Terra celebrando que JESUS, o nosso Salvador nasceu há mais de dois milênios e a humanidade está voltada somente para os presentes, as roupas e as ceias esplêndidas deteriorando a mensagem do Nascimento de JESUS que é a maior festa espiritual universal de PAZ, ESPERANÇA E AMOR.
Fátima Silva
07/12/14
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
BONECA BABY
Eu me chamo Baby, sou uma boneca de pano, tenho tranças douradas
amarradas com laços de fita e meu vestido é
vermelho com listras brancas.
Não entendo o que os adultos falam, somente a minha dona que se chama
Fátima Silva, ela é escritora. Entendo a linguagem de crianças e adoro ouvir
uma boa historinha do mundo encantado.
Outro dia ela me levou até a Biblioteca Braille Josélia Almeida e foi lá
que conheci os alunos da tia Rosana e a tia Andréia.
Li as histórias da ADRIELE, da LUANA, da SARA, do LENO, do JOSÉ, da
MARIANA e da ELLEN. As histórias são muito legais falam de gatos, cachorros,
coelho, raposa e até de muriçoca! Tem também uma história que conta sobre uma
Caixa Mágica e a Árvore Cega e seu amigo chamado João que é um coelho.
Nesse dia ao chegarmos em casa, Fátima Silva, antes de dormir me apertou
junto ao seu peito e falou:
-
Você viu Baby, quantas
histórias bonitas aquelas crianças criaram!
Quando ela apagou a luz do quarto entraram
pela janela os bichos da fazenda Cocoricó, a gatinha Lili, o coelho Guilherme,
o cachorro Amarelo, o gato Dudu, o cachorro Boby e os gatos Garfield e Spok e
algumas muriçocas apareceram com seu zum...zum...zum, mais logo foram embora. Roberta dona da Caixa
Mágica trouxe sua boneca chamada Vitória para me conhecer.
O coelho João me chamou até a janela para ver
sua amiga a Árvore Cega.
Ouvi vozes no jardim me chamando:
-
Boneca Baby, Baby!!!
Era o coelho João que tinha chamado para nosso
sonho tia Rosana e tia Andréia Barros.
E todos foram felizes para sempre.
Fátima Silva
Apresentação do livro ENCANTADO MUNDO DA FANTASIA.
Alunos do 1o. Ano A 2014
Professora Rosana Rodrigues
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
VIAGEM SEM VOLTA
Eles trazem no olhar a tristeza, a angústia mesclada atrás
de uma máscara de conformismo ou uma velada revolta.
Atrás de cada rosto existe uma história de dor, surpresa,
espanto e medo.
Medo da Morte que espreita com seus olhos obscuros somente
um pequeno deslize, uma virose oportuna ou qualquer outra infecção e Ela
sorrateiramente se infiltra trazendo patologias sérias e as vezes como uma
decepção por não ter tido êxito nas
investidas deixa marcas indeléveis, incuráveis.
Ao atravessar os portões do Hospital não se vê nada de
diferente de outras unidades de saúde, o vai e vem de pessoas vestidas com seus
jalecos brancos, alguns de máscaras e touca na cabeça. Em cada setor há pessoas
sentadas a espera de algum atendimento, no laboratório, nos ambulatórios, nas
marcações de consultas e exames, na farmácia onde os medicamentos são entregues
em sacolas pretas, são os coquetéis para o tratamento da AIDS.
Algumas pessoas já se conhecem e perguntam por outras que
nunca mais viram, um universo desconhecido e regido pelo preconceito da
desinformação, das mazelas trazidas pela sociedade que pune duramente a pessoa
que contrai HIV/AIDS.
No pátio ambulâncias entram e saem trazendo ou transferindo
pacientes para o interior do Estado ou para algum outro hospital especializado
em outras patologias.
Homossexuais dão gritinhos de histerismo tentando mostrar
que estão de bem com a vida e estão ali somente para cumprir o calendário de
suas consultas e exames. Homens e mulheres
de cara fechada de aspectos comuns tentam não se aproximar de ninguém e
saem dali o mais rápido possível, não querem que o dedo acusador da sociedade
os aponte por erros que estão num passado distante.
Nas enfermarias de emergência rostos e corpos cadavéricos
cobertos por lençóis enquanto a medicação pinga gota após gota num tempo
interminável. Uns dormem, alguns só cochilam enquanto outros olham fixamente
para o teto tentando enxergar um ponto de início ou quem sabe tentam esquecer
onde estão ou o que fazem ali.
Aquela placa lá fora escrita em bronze: Doenças
infectocontagiosas descerra dores morais, físicas e sentimentais.
O Ministério da Saúde distribui grandes quantidades de
camisinhas, incentiva através da mídia e das redes socais. Faça o teste é
rápido, grátis e sigiloso. E ainda acrescenta que o tratamento é imediato no
caso de dar um resultado positivo.
Se o exame vier a ser positivo palestras são disponibilizadas,
cartilhas, psicólogos estão a postos para conversar com pacientes, assim como,
os familiares. O que se passa na cabeça de um jovem, um senhor já numa idade
madura diante de um diagnóstico fatídico que se escreve com quatro letras:
AIDS. Depois do primeiro impacto vem a punição através do SE.
Belas histórias de amor interrompidas, casamentos desfeitos
isso sem falar nos bebês infectados ainda no período da gestação. Por que o ser humano é tão carrasco
e traz sempre uma forca, uma pedra ou um dedo em riste desfiando rosários de
moralismo, sermões com rasos pudores fétidos, encapuzados na hipocrisia.
E ela, a MORTE, espia os comprimidos esquecidos, abandonados
pelo cansaço, pela fadiga da caminhada para a viagem que não tem volta e que o
único bilhete que é aceito nessa nave são comprimidos, injeções ingeridos
diariamente e o preservativo a mão pois a VIDA pisca o olho enfrentando e
muitas vezes mudando o rumo dessa história.
Fátima Silva
11/12/14
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
JESUS, A LUZ DO MUNDO
O anjo que anunciou sua vinda
Chamou Maria, agraciada de Deus e
bendita entre todas as mulheres.
José e Maria obedecendo ao decreto de César Augusto.
Foram se alistar na pequena cidade de Belém.
Então cumpriu-se os dias de Maria dar a luz.
Mas, não havia vagas nas estalagens.
O único lugar que José encontrou de portas abertas foi uma
Estrebaria.
Jesus nasceu entre os animais e foi colocado numa manjedoura
Onde diria: EU SOU O PÃO DA VIDA!
Na mesma hora apareceu no céu uma estrela.
Porque Jesus também disse:
- EU SOU A LUZ DO MUNDO!
Fátima Silva
10/12/14
sábado, 13 de dezembro de 2014
A JANGADA E A ROSA- Fragilidade e Força
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Angélica Braga |
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Angélica Braga, Yuri Braga e Junior Braga |
Lá no fim do túnel do tempo, vejo uma menininha, magrinha
mas, de rosto bonito, olhos brilhantes e, sorriso constante nos lábios.
É ANGÉLICA,
De cor branca e cabelos lisos, DNA paternal mas, a inteligência
e rapidez das decisões são genética maternais.
Teve uma infância saudável, cedo foi para a Escola, aluna exemplar,
inteligente e aplicada, só havia restrições por ser muito falante. Herança de
pai e mãe.
Por oito anos foi aninhada nos braços amorosos da avó
materna, sem falar nos cuidados às vezes excessivos dos tios.
Angélica se tornou uma menina Doce, Amorosa, sem deixar de ser
Teimosa e Decidida.
Dizia entre risos que era a Rosa da casa.
Cresceu e desabrochou por toda infância como num jardim,
adubado pelo Carinho e regado pelo Amor de sua família.
Pelas circunstancias da vida, amadureceu antes do tempo,
cedo teve que enfrentar problemas e tomar sérias decisões, que deixaram marcas
profundas em seu ser.
Aos 16 anos era uma Rosa, de pétalas macias e perfume doce
mas, usava seus espinhos para se defender, das durezas e incertezas da vida.
Por ser Simpática e Alegre, sempre foi rodeada por Amizades e Carinhos.
Com bravura singrou mares como uma frágil Jangada mas, sua
risada se confundia com o som das andorinhas em revoadas. Teve momentos de
ondas altas mais soube aproveitar as marés baixas. Tinha a Força de uma Jangada
em alto mar em dia revolto mais nunca perdeu a Fragilidade e a Exuberância da
Rosa.
...
Aos dezoito foi mãe, um passo incerto, quase caiu num abismo
de indecisão, porém, de caráter já formado e personalidade decidida, encarou a
situação de frente. Enfrentou o icerberg do preconceito e encarou a santidade
de ser mãe.
Mãe do Yuri.
Aos dezenove anos casou-se para ser além de mãe, esposa.
Vamos sair do túnel do tempo e falar do presente que se já
se tornou passado.
ANGÉLICA, hoje completa trinta e três anos.
Um dia o mar amanheceu revolto e uma nuvem escureceu o céu,
com destemor saiu para o alto mar. A Jangada sumiu no horizonte e foi engolida
por uma tempestade de chuvas fortes com trovões e raios que cortavam a noite.
Sentiu frio, solidão, teve medo mais não largou o leme e não
perdeu sua bússola que sempre apontou para o porto seguro, pois no cais sua
família a esperava com ansiedade. Os longos dias de vigília e expectativa foi
quebrada numa manhã ensolarada, apareceu um ponto escuro no horizonte, era uma
Jangada.
Suas velas estavam enroladas no mastro quebrado, remava com
toda Força do seu ser, seus cabelos ao vento estavam desalinhados, sua pele
branca estava queimada pela ventania mais seu Sorriso de criança abriu-se ao
ver na beira mar, YURI E JUNIOR BRAGA, de braços abertos saíram ao seu encontro
para abraçá-la e cobri-la de todo Carinho e Amor.
A nuvem escura passou, a tempestade cessou. O Sorriso da
menina travessa resplandeceu em seu rosto e a Rosa desabrochou com sua Doçura
de eterna menina que se tornou mulher.
...
ANGÉLICA.
A Jangada precisa de braços fortes em alto mar, para lançar
e puxar as redes. A Alegria para celebrar as boas pescarias, ter Coragem para
atravessar as tempestades e Determinação com os mares revoltos.
O emblema na vela desfraldada é uma Rosa, com pétalas macias
espalha Meiguice ao seu redor, sua essência perfuma suas Amizades, seus
espinhos lhe protegem das inimizades e invejas. O galho que sustenta sua Beleza
forma um conjunto de CARISMA – ALEGRIA- SIMPATIA- CORAGEM – DETERMINAÇÃO.
Isso sem contar com os seguintes ingredientes:
Toneladas de AMOR.
Mililitros de LÁGRIMAS.
Metros de INTELIGENCIA.
Quilos de EMOÇÃO.
Quilômetros de SENTIMENTOS.
E algumas Gramas de TEIMOSIA.
Você é um Sorriso de criança,
uma Lágrima de emoção, uma Risada de alegria, um Soluço de saudades, uma Voz dentro
do silencio.
Você é minha herança genética, minha menina, doce e
sensível.
Você é, e sempre será, a nossa, a minha.
ROSA DA CASA!
Fátima Silva
13/12/09
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
LEMBRANÇAS DE UM BEBÊ
Que eu tenho o que fazer
Vou lavar, vou engomar
Camisinha para você!
Ah! Que gostoso...!?
Mamãe canta baixinho, são canções de ninar.
Meus olhos vão fechando... Vou tirar um cochilo.
Hum! Ah! Oh!
É legal!
Tenho apenas 12 dias de vida.
Todo dia recebo muito amor, muito carinho.
Sou um bebê feliz.
Sorrio com algumas lembranças;
Com o início de tudo.
Psiu! Prestem atenção!
Um espermatozoide fala para um óvulo fértil:
- Ufa! Que corrida difícil!
E sem muitas cerimonias começam a se abraçar.
Perderam a noção do tempo e ficaram juntinhos, felizes, um
olhando para o outro.
Era um momento mágico, único.
Há séculos que todo dia, toda hora, acontecia este fato
especial.
Era o momento da Fecundação.
Legal! Rapidamente houve um pequeno rebuliço no útero da
minha mamãe.
Tornei-me um Embrião.
Mamãe se chama Keyla e Rogério é o nome do meu papai.
Dei algumas cambalhotas imperceptíveis de alegria.
E sabem o por que?
Meus pais resolveram casar-se.
Oba! Um lar! Uma família!
E, sem falar nos sentimentos:
Carinho, Conforto, Felicidades e Amor!
Mamãe fez uma ultrassonografia.
Sou um menininho.
Meu nome é : FELIPE!
Lembro da minha moradia no útero da minha mamãe.
Era agradável e aconchegante.
Oba! Posso dar cambalhotas e mergulhos.
Quando comecei a mexer no ventre de mamãe, eles ficaram
muito emocionados.
Entre um cochilo e outro, eu ouvia o vozeirão do papai.
Eles faziam planos para o futuro.
Alimento-me muito bem, e com isso, a barriga da mamãe cresce
cada dia mais.
De um minúsculo embrião, hoje sou um Feto em plena formação.
E o melhor de tudo: Sou ansiosamente esperado pelos meus
pais e toda minha família.
Mamãe, minhas avós, minhas tias fazem compras para meu
enxoval.
Cada roupinha, móvel que é comprado, mamãe se emociona.
Não tenho muita ideia de como vai ser quando eu nascer, mas
quando escuto meus pais
falando estremeço de emoção.
Epa! Meu corpo começa a dar empurrões.
Escuto minha mãe se queixar de dores.
Vou ficar atento aos comentários...
Eh!
Estão levando minha mãe para o hospital.
Escuto a voz de meu pai, parece que ele está nervoso,
Estou feliz, mas, intrigado como será lá fora da barriga de
minha mamãe?!
O parto vai ser cesariano,, não entendo nada.
Oba! Oba!
Fico emocionado:
- Buá! Buá!
Não sei ao certo porque eu estou chorando.
Oh! Que emoção!
Colocaram-me nos braços de minha mamãe!
A voz do meu pai está diferente e eu sei o motivo,
finalmente ele também
vai me colocar nos braços.
São lembranças agradáveis e felizes.
Nasci na cidade de Barbalha no dia 13 de dezembro de 2008.
Vou morar na cidade de Juazeiro do Norte, na casa de minha
avó materna,
Juntamente com meus pais, é claro.
Meus avós paternos moram pertinho de minha casa, mas,
continuamente veem olhar para mim...
Arg! Que raiva!
Fiz xixi novamente!
Vou ter que chorar para que venham me trocar.
Buá! Buá! Buá!
Agora vou descrever o que represento na vida de papai e mamãe:
F= FELICIDADE
E= ESPERANÇA
L= LINDO
I= INOCÊNCIA
P= PUREZA
E= ESPECIAL!!!
domingo, 7 de dezembro de 2014
DOCES LEMBRANÇAS
Quando crianças morávamos numa pequena casa, mas, o
quintal...
Eu avô paterno era funcionário da LIGTH e como tinha um
salário mensal comprou um terreno na Rua Sabino Monte. Essa propriedade ele
colocou no nome dos cinco filhos, na época menores de idade.
Lembro que ao sairmos da casa para o quintal tinha diversas
fruteiras: siriguela, cajá, muitos coqueiros, mangueiras, sapotizeiros sem
contar as criações de galinhas, patos, porcos.
Nossa mãe contava que criara cabras e bodes, não lembro.
No quarteirão da Sabino Monte até a Eduardo Bezerra era
somente de dois proprietários, meu avô Manuel Sabino do Nascimento, negro,
alto, sempre vestido com camisas de mangas compridas, usava também um chapéu,
nos pés alpargatas de couro cru.
O outro proprietário era “seu” Alfredo a quem tínhamos de
dar a benção, ao qual ele respondia com voz abusada:
- Deus te leve para o céu! Aos domingos meu avô e minha avó iam para 1ª.
Missa, ele de roupa de linho muito bem passada e o chapéu que usava nessas
ocasiões era de “massa” comprado na Casa Bicho. Ela vestia vestidos de mangas
compridas de tecido gorgorão com enfeites de bico inglês.
Na frente de nossa morava nossa avó paterna, Maria Nunes,
viúva, alta, de cor branca e olhos azuis, muito respeitada também por ser uma
exigente, rígida na educação dos filhos. Aos domingos ela também ia pra a 1ª.
Missa com minha tia Rute. Ela usava vestidos pretos por ser viúva, em casa
tinha vestidos floridos de pretos e com mangas compridas. Quando criança nunca
vi os braços e somente o tornozelo das minhas avós.
A água era retirada de cacimbas, quando meu pai estava de
folga, ele também trabalhava na LIGTH, trazia a água em latas de flandes e
enchia os potes. As mulheres carregavam as latas na cabeça onde se protegiam do
peso com rodilhas de pano.
Nossa rua não tinha energia elétrica, usávamos lamparinas a
querosene. Brincávamos a luz do luar, víamos as estrelas como um bordado no
céu. Mas, um dia nosso pai trouxe a boa nova nossa rua ia ter energia. Vimos a
colocação dos postes na época de madeira outros de ferro. Como nosso pai era
funcionário ele não ia pagar energia então as primeiras casas a ter luz elétrica
foi a nossa, do meu avô e o papai mandou instalar na casa de sua mãe Maria
Nunes, ele pagaria.

Nosso pai as vezes nos levava ao escritório da LIGHT para receber, quem sempre o acompanhava era meu irmão mais velho, cedo ele aprendeu a andar sozinho no Centro. Nossa tia Rute também nos levava ao Centro para comprar tecidos nos armazéns, sabonetes e perfumes na Perfumaria Eva.
Lembro com emoção o dia em que fui assistir o filme A NOVIÇA REBELDE com meu pai no cine São Luiz.
Certa vez fui a um passeio com minha tia Rute, ela era professora então fomos para a praia do Mucuripe, fui toda arrumada de sapato e meia, banho de mar nem pensar.
- Só se for para passar a noite dando trabalho com crise de asma!
Papai no Natal comprava presentes para todos nós, da Estrela, certa vez meu irmão mais velho ganhou um trem e eu e minhas duas irmãs ganhamos bonecas que abria e fechava os olhos.
A noite quando fomos dormir ouvi minha mãe dizer para meu pai:
- Não compre mais boneca para Fátima, ela está ficando uma mocinha.
Fátima Silva
sábado, 6 de dezembro de 2014
VOLUNTÁRIO, ALGUÉM QUE DESCOBRIU ESPAÇO NO TEMPO
Observando os
espaços vazios e o tempo ocioso e depois analisando as expressões: “Não tenho tempo”;
“Não cabe mais nada”; Fiquei a pensar como os voluntários encontram maneiras
para abrirem espaço e estenderem o tempo em suas agendas pessoais?
Não havendo
remuneração, não havendo tanto reconhecimento social das ações do voluntariado,
pelo menos quando procuramos nas mídias por qual razão o voluntário é alguém
que descobriu espaço no tempo? Seria um tolo? Seria um amoroso ser? Os tolos
são enganados e os voluntários não se enganam, são eles que decidiram por suas
próprias vontades, daí, concluímos que são realmente representantes do amor
incondicional.
Certamente que eu,
sendo um escritor e aprendiz de filósofo, compreendo que nós seres humanos ainda
estamos na caminhada evolutiva moral, portanto, não descarto a
possibilidade de existir um outro
voluntário que escolheu essa função
humanitária, como pagamento de promessa ou lenitivo de culpa, mesmo assim, não
deixa de ser diferenciado e alimentar-se
do amor solidário que nos
impele para a luminosidade.
Seja como for, quem
colocou as mãos, a linguagem, a mente, o corpo, o Espírito, e o coração a
serviço do voluntariado, compreendeu que não há espaço que não se preencha ou
se esvazie, nem tempo que não sobre ou não se possa redimensionar e reorganizar.
Tudo depende das porções de amor que são distribuídas incondicionalmente e sem
preconceitos sociais, políticos ou religiosos.
E o que dizer daqueles
voluntários que resolveram ser os olhos dos que não enxergam? Esses comprovam
que podemos confiar no escuro que são seres amorosos e que a Luz só clareia os
caminhos por completo quando fechamos os olhos e nos enxergamos como candeias
para os semelhantes.
Agradecemos pelo trabalho de todos os
voluntários que transitam pelos espaços da Sociedade de Assistência aos Cegos,
encontrando aquele tempo produtivo, marcado pelo relógio da eternidade pacífica
e feliz, que é a destinação final daqueles que justificaram suas existências
como atividades fraternas e
desinteressadas materialmente, em prol dos que esperavam a manifestação da
generosidade e o compartilhamento dos valores mais elevados da vida.
Paulo Roberto Cândido
Escritor, poeta, deficiente visual, membro da

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
AS ARTES DE ANDRÉIA BARROS NA SAC
Seus passos são rápidos, olhos brilhantes.
Curumins... Professores... Adultos.
E aí galera!
O jargão que chama atenção.
A risada sonora, o abraço fraterno e as vezes também
maternal.
É abraço de águia.
Tia Andréia.
Professora Andréia, para os adultos.
Mãezinhas do maternal e do fundamental.
Seu nome se confunde entre livros, jornais.
Informações de eventos literários.
A Biblioteca faz parte de seus movimentos ou os
movimentos...?
Não sei.
Para comemorar dez anos a frente da Biblioteca Braille
Josélia Almeida.
Chamo a Pequena Vendedora de Fósforos, a Branca de Neve,
Cinderela, Chapeuzinho Vermelho e também Poliana com seu
jogo do contente.
Recito com emoção: “menina bonita, do laço de fita.
Quem foi
que te fez ficar tão bonita?”
Envio uma mensagem para Soneca e Bocejo,
Eles não podem faltar a tão bela festa.
Temos a presença dos personagens de Rozelane Pessoa,
A Cidade das Verduras.
O cordel Gotas de Otimismo, de Celso Florêncio.
Empreendemos Uma Viagem ao Céu Particular.
Como diz Paulo Roberto:
“e a certeza que o mundo precisa de poesia”.
Pegamos carona no Tapete Mágico de Carmem Menezes e Naruzudim
E suas contações de histórias.
A Pequena Flor de nossa saudosa Mikaelle Coelho se faz
presente.
Para alegrar nossa festa Mateusinho do Acordeon, o canto e a
música de Adalto
Ângelo e Ítalo Gutierrez.
E o documentário: A
Arte da Inclusão de Aila Moura.
Festa para secretária da ALASAC.
Carinho, Amor, Cuidado, Zelo, Entusiasmo, Dedicação.
Foram os adjetivos que encontrei para homenagear.
Essa pessoa tão especial que se chama Andréia Barros,
E como diz Fátima Queiroz:
SORRIA MESMO ASSIM!
Fátima Silva
04/12/12
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
DOCUMENTOS MORTOS?

Morava na periferia, tinha quatro filhos e um marido
desempregado e alcoólatra. Mas, apesar dos infortúnios de sua vida doméstica
não levava para o trabalho nenhuma tristeza ou amargura, sua força de vontade
de ver seus filhos em outras condições sociais era bem maior.
Todo dia Maria batia seu cartão de ponto cantarolando uma
música ou contando uma boa piada. No andar térreo havia a loja e ao lado dois
galpões onde funcionava uma oficina, ela atravessava até uma escada que dava
acesso para o andar superior. Lá em cima tinha uma cozinha, uma espaçosa sala
de espera, com confortáveis poltronas, uma sala de reunião e três salas onde
funcionava o setor pessoal, contabilidade e faturamento.
Maria com sua alegria contagiante servia café, água com
solicitude as moças dos escritórios e descia as escadas com pressa para também servir
o exigente patrão.
Nas portas havia plaquetas indicando os setores,porém, Maria
era analfabeta e numa das salas havia
uma placa indicando: Arquivo Morto.
Somente duas pessoas entravam ali, a moça da contabilidade e
algumas vezes Maria era chamada para ajudar a pegar alguma caixa de arquivo
mais pesada, mas, logo a porta era trancada a chave.
Certo dia Maria foi chamada às pressas na sala da
contabilidade, um grande quantidade de caixas estavam empilhadas em cima de uma
mesa, então a moça falou:
- Por favor, Maria, me ajude a levar essas caixas até o
Arquivo Morto?
Maria fechou seu sorriso e empalideceu, gaguejando falou:
- Para onde a senhora quer que eu leve essas caixas? Meu Deus
do céu, que lugar é esse?
A funcionária quase sem acreditar no que ouvia, repetiu:
- Lá para aquela sala que é trancada, o Arquivo Morto.
Maria soltou as caixas no chão e começou a dar gargalhadas,
lágrimas escorriam dos seus olhos, ela não tinha condições de falar, pois
estava estarrecida com o que ouvira.
Depois de tomar dois goles de água, conseguiu falar:
- Eu nunca imaginei que esses documentos dentro dessas
caixas estavam Mortos!
Fátima Silva
domingo, 30 de novembro de 2014
EQUILÍBRIO É CERTO OU ERRADO?
Certa vez a turma da Reabilitação do Instituto Hélio Góes,
junto com uma turma 6º. Semestre de Jornalismo da UFC fizeram uma Oficina, o
tema era Radiodifusão. Foram feitas algumas dinâmicas e depois algumas
perguntas.
Uma das perguntas era:
- Onde você gostaria de estar nesse exato momento?
A maioria das respostas, inclusive eu respondi:
- Gostaria de estar numa praia ao lado de uma pessoa que se
ama, ou alguém querido da família.
Foram poucos os que responderam: Ouvir uma música, uma
viagem...
O último a falar foi o professor de Informática Paulo
Roberto. Ele respondeu assim:
-Nesse exato momento
eu não queria ir para lugar nenhum pois estou no lugar que gosto, o meu
trabalho.
E acrescentou:
- Nós temos que ter um equilíbrio sentimental, emocional,
laborial e financeiro. Muitas vezes estamos de frente para o mar com o coração
tão angustiado que nem percebemos a beleza da Natureza que nos rodeia.
Veio outra pergunta o que é Certo ou Errado?
Hoje amanheci lembrando dessa aula.
Será que o nosso Certo está de acordo com o das pessoas que
nos rodeiam. E o Errado?
Algumas convicções temos que abafar ou então seremos
duramente criticados porque o nosso Certo está Errado.
Ah como seria bom vivermos numa Sociedade corretamente equilibrada.
E não veríamos as questões das diferenças políticas, sociais, étnicas,
culturais, religiosas.
A arrogância, a soberba domina nas classes políticas
sociais. O preconceito se manifesta veladamente ou é acintosamente declarado
nas etnias, nas deficiências físicas e intelectuais. A mulher, a criança, o
negro, o gay, o evangélico, o ambientalista, os índios, os que moram em
favelas, os nordestinos, a prostituta, o pobre, o morador de rua, são os alvos
da marginalização.
Vi um vídeo na internet e depois assisti no Programa Encontro
da Fátima Bernardes o ocorrido com uma jovem que foi duramente espancada por
ser considerada a mais bonita de sua turma.
Quando se levanta uma bandeira sobre determinados assuntos
como: virgindade, homossexualismo, menores infratores, temos que ter além de
bons argumentos uma boa dose de equilíbrio ao ver pessoas que se dizem teus
“amigos” pisotearem e incendiarem tua bandeira, ou talvez, chamarem a polícia
por baderna.
- Desde o começo dos tempos existe mulher que trai o marido,
moça que engravida, padre que namora e homem que desmunheca.
Onde iremos encontrar essa manifestação de equilíbrio no
trabalho, na faculdade, nas comunidades que vivemos? Por que é tão difícil para as pessoas viver
em harmonia consigo mesmo e contrabalançar as diferenças do outro.
Outro dia vi um jovem dentro de um coletivo cantando em voz
alta, em inglês. Depois ele ligou para alguém e ficou falando em inglês,
desligou e continuou a cantar em inglês.
Esse jovem não tinha nenhuma característica física ou nas vestimentas
que fosse estrangeiro. As pessoas balançavam as cabeças outras diziam coisas
tipo assim: - Além dessa lotação ainda tem esse doido cantando alto sem a gente
entender uma palavra que ele diz. Quando ele se levantou para descer do
coletivo eu vi um homem esmurrando o ar a ponto de pegar aquele jovem pela gola
da sua camiseta e esmurrá-lo.
E aí é Certo nos irritarmos porque um jovem canta e fala em
inglês ou é Errado escutarmos pacificamente sem demonstrar nenhuma reação contrária
a atitude daquele jovem? No meu caso eu tive vontade dar uma boa gargalhada,
mais seria Certo? Um jovem falando em inglês e uma mulher madura as gargalhadas
dentro de um ônibus lotado por pessoas suadas, mal humoradas e outras
apressadas para chegarem em seu destino?
Para encerrar acho que o Certo é como cantava nosso inesquecível Raul Seixas:
“Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela opinião formada sobre tudo”.
Fátima Silva
29/11/14
PEDIDO DE DESCULPAS
Gostaria de pedir desculpas aos meus leitores por ter excluído o texto literário com o título de DOCES LEMBRANÇAS.
O ocorrido deu-se por eu ter encontrado dois erros de português e quando refiz o texto para rascunho não consegui fazer a edição no Blog como estava anteriormente.
Estou editando novamente no Word mas, como tenho baixa visão vai demorar um pouco.
E com isso vou publicar outro texto que acabei de editar.
Conto com a compreensão de todos.
Fátima Silva
30/11/14
O ocorrido deu-se por eu ter encontrado dois erros de português e quando refiz o texto para rascunho não consegui fazer a edição no Blog como estava anteriormente.
Estou editando novamente no Word mas, como tenho baixa visão vai demorar um pouco.
E com isso vou publicar outro texto que acabei de editar.
Conto com a compreensão de todos.
Fátima Silva
30/11/14
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
VIVO
Substitui valores insubstituíveis;
E tenho feito quase tudo por impulso.
Decepcionei pessoas que me não acreditei capaz
Matei, roubei e ri quando não podia.
Fui rejeitado, amado e não amei.
Gritei, pulei feito louco de tanta felicidade
Urrei e tranquei toda dor dentro de mim
E chorei ouvindo “Detalhes” do Roberto.
Poesia, pedaços de arte e paixões tórridas
Usei, usei mesmo quem se deixou usar.
Pensei fosse morrer de dor ao perder
Mas o fato disso não importa nem um pouco
Fez com que sobrevivesse e perdendo enriqueci
E com paixão e muito atrevimento
Cheguei onde estou:
Vivo!
Do Livro DESCONFORTO de Luiz Alberto Mendes Junior, também
autor de MEMÓRIAS DE UM SOBREVIVENTE, TESÃO E PRAZER-MEMÓRIAS ERÓTICAS DE UM PRISIONEIRO, ÀS CEGAS E CELA FORTE
domingo, 23 de novembro de 2014
ABORTO
Quando engravidei o aborto foi a primeira sugestão do meu namorado.
As alegações primordiais era o fato de estarmos em período de experiência nos nossos empregos.
O primeiro pensamento que me veio a cabeça foi que eu poderia morrer.
E apesar de saber que a qualquer momento minha mãe ia descobrir a gravidez, tentava convencer meu namorado a enfrentar a situação de outra forma, ou seja, nos juntarmos, procurarmos algum de nossos amigos ou familiares que entendesse a situação em que nos encontrávamos.
Com dois meses de grávida aconteceu um fato trágico na minha família. Uma prima, de trinta quatro anos falecera por conta de um erro médico numa cirurgia de períneo.
Ela tinha seis filhos.
Então ali ao lado do seu caixão tomei minha decisão. Eu iria ter meu filho.
Depois da missa de sétimo dia meu namorado me convidou para irmos a casa de um amigo dele. Era uma casa pequena, sentei num banco enquanto os dois conversavam em voz baixa em outro cômodo.
O homem se chamava Luiz e sentou ao meu lado e perguntou:
- Há quanto tempo suas "regras" estão atrasadas?
Acho que fiquei branca como um papel, meus batimentos cardíacos ficaram acelerados e um turbilhão de pensamentos invadiram minha cabeça. Eu estava numa clinica clandestina de abortos.
O homem alisava o meu braço e falava que eu não ia sentir nada e sugeria que seria melhor fazer o procedimento num sábado para eu repousar. Ouvi muito longe a sugestão do valor a ser cobrado entre risos.
Para surpresa dos dois homens eu me levantei e sai dali correndo, atravessei uma larga avenida e subi em um transporte coletivo sem olhar qual era o destino, eu tinha que sair dali rápido. A vida que trazia em meu ventre estava em perigo.
No outro dia fui até a empresa que estava trabalhando e pedi minhas contas, saquei um dinheiro que tinha numa poupança na Caixa Econômica e fui para casa. Minha mãe falou alguma coisa por conta da minha magreza.
Minha irmã mais nova, Elizabete, casara e fora morar em Teresina-Piauí e estava grávida. Meus irmãos haviam comprado presentes para o primeiro neto dos nossos pais. Sem pensar duas vezes me ofereci para levar os presentes e conversar com minha irmã.
No dia 13 de dezembro de 1981, às 22:30 hs minha filha nasceu na cidade de Teresina pesando 2.450 kg e medindo 45 cm.Em homenagem a minha bisavó, avó do meu pai, coloquei o nome dela de Angélica.
Com menos de um mês fui a um Cartório e registrei minha filha, sem o nome do pai.
Ao olhar para trás e lembrar os sofrimentos morais, financeiros e familiares, não me arrependo de ter tido minha filha sem casar.
Depois disso ao longo da minha vida vi jovens mulheres abortarem, uma colega de trabalho fez dois abortos num curto espaço de tempo, acompanhei o drama de uma mulher casada mãe de adolescentes ao praticar um aborto e ficar gravemente doente.
Optei pela vida.
Não foi fácil, trabalhei arduamente, tive poucas oportunidades de participar de festinhas na Escola de minha filha, minha mãe me representava.
O importante para mim ela estava ali do meu lado sobre minha responsabilidade de educá-la, vesti-la, ter o medicamento, a alimentação, o entretenimento.
Toda essa energia, essa força era o Amor e a Alegria de ser mãe, mesmo não sendo casada.
Fátima Silva
23/11/14
As alegações primordiais era o fato de estarmos em período de experiência nos nossos empregos.
O primeiro pensamento que me veio a cabeça foi que eu poderia morrer.
E apesar de saber que a qualquer momento minha mãe ia descobrir a gravidez, tentava convencer meu namorado a enfrentar a situação de outra forma, ou seja, nos juntarmos, procurarmos algum de nossos amigos ou familiares que entendesse a situação em que nos encontrávamos.
Com dois meses de grávida aconteceu um fato trágico na minha família. Uma prima, de trinta quatro anos falecera por conta de um erro médico numa cirurgia de períneo.
Ela tinha seis filhos.
Então ali ao lado do seu caixão tomei minha decisão. Eu iria ter meu filho.
Depois da missa de sétimo dia meu namorado me convidou para irmos a casa de um amigo dele. Era uma casa pequena, sentei num banco enquanto os dois conversavam em voz baixa em outro cômodo.
O homem se chamava Luiz e sentou ao meu lado e perguntou:
- Há quanto tempo suas "regras" estão atrasadas?
Acho que fiquei branca como um papel, meus batimentos cardíacos ficaram acelerados e um turbilhão de pensamentos invadiram minha cabeça. Eu estava numa clinica clandestina de abortos.
O homem alisava o meu braço e falava que eu não ia sentir nada e sugeria que seria melhor fazer o procedimento num sábado para eu repousar. Ouvi muito longe a sugestão do valor a ser cobrado entre risos.
![]() |
Minha filha Angélica Braga |
No outro dia fui até a empresa que estava trabalhando e pedi minhas contas, saquei um dinheiro que tinha numa poupança na Caixa Econômica e fui para casa. Minha mãe falou alguma coisa por conta da minha magreza.
Minha irmã mais nova, Elizabete, casara e fora morar em Teresina-Piauí e estava grávida. Meus irmãos haviam comprado presentes para o primeiro neto dos nossos pais. Sem pensar duas vezes me ofereci para levar os presentes e conversar com minha irmã.
No dia 13 de dezembro de 1981, às 22:30 hs minha filha nasceu na cidade de Teresina pesando 2.450 kg e medindo 45 cm.Em homenagem a minha bisavó, avó do meu pai, coloquei o nome dela de Angélica.
Com menos de um mês fui a um Cartório e registrei minha filha, sem o nome do pai.
Ao olhar para trás e lembrar os sofrimentos morais, financeiros e familiares, não me arrependo de ter tido minha filha sem casar.
Depois disso ao longo da minha vida vi jovens mulheres abortarem, uma colega de trabalho fez dois abortos num curto espaço de tempo, acompanhei o drama de uma mulher casada mãe de adolescentes ao praticar um aborto e ficar gravemente doente.
Optei pela vida.
Não foi fácil, trabalhei arduamente, tive poucas oportunidades de participar de festinhas na Escola de minha filha, minha mãe me representava.
O importante para mim ela estava ali do meu lado sobre minha responsabilidade de educá-la, vesti-la, ter o medicamento, a alimentação, o entretenimento.
Toda essa energia, essa força era o Amor e a Alegria de ser mãe, mesmo não sendo casada.
Fátima Silva
23/11/14
sábado, 22 de novembro de 2014
ACONCHEGO
Um riso, um brilho no olhar.
Um abraço apertado.
Uma mensagem no celular.
O grito de incentivo que diz em voz alta.
- Vai em frente! Vai dar certo!
Sem críticas, sem perguntas.
Um elogio.
- Nossa como você está bem!
Mesmo que as medidas tenham aumentado.
Ou que olheiras escureçam o olhar.
Não deixe que seu olhar venha a cair no surrado sapato ou,
na calça desbotada de bainha desfiadas.
Tenha sempre uma palavra de abraço,
de agasalho, de carinho.
Escute o soluço entalado na garganta.
Não se faça de invisível para quem te ama.
Abrace sempre as oportunidades.
Não olhe para o relógio com enfado.
Pois o tempo é implacável.
É rio que passa e não volta mais.
Fátima Silva
22;11;14
Um abraço apertado.
Uma mensagem no celular.
O grito de incentivo que diz em voz alta.
- Vai em frente! Vai dar certo!
Sem críticas, sem perguntas.
Um elogio.
- Nossa como você está bem!
Mesmo que as medidas tenham aumentado.
Ou que olheiras escureçam o olhar.
Não deixe que seu olhar venha a cair no surrado sapato ou,
na calça desbotada de bainha desfiadas.
Tenha sempre uma palavra de abraço,
de agasalho, de carinho.
Escute o soluço entalado na garganta.
Não se faça de invisível para quem te ama.
Abrace sempre as oportunidades.
Não olhe para o relógio com enfado.
Pois o tempo é implacável.
É rio que passa e não volta mais.
Fátima Silva
22;11;14
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