Angélica Braga |
Angélica Braga, Yuri Braga e Junior Braga |
Lá no fim do túnel do tempo, vejo uma menininha, magrinha
mas, de rosto bonito, olhos brilhantes e, sorriso constante nos lábios.
É ANGÉLICA,
De cor branca e cabelos lisos, DNA paternal mas, a inteligência
e rapidez das decisões são genética maternais.
Teve uma infância saudável, cedo foi para a Escola, aluna exemplar,
inteligente e aplicada, só havia restrições por ser muito falante. Herança de
pai e mãe.
Por oito anos foi aninhada nos braços amorosos da avó
materna, sem falar nos cuidados às vezes excessivos dos tios.
Angélica se tornou uma menina Doce, Amorosa, sem deixar de ser
Teimosa e Decidida.
Dizia entre risos que era a Rosa da casa.
Cresceu e desabrochou por toda infância como num jardim,
adubado pelo Carinho e regado pelo Amor de sua família.
Pelas circunstancias da vida, amadureceu antes do tempo,
cedo teve que enfrentar problemas e tomar sérias decisões, que deixaram marcas
profundas em seu ser.
Aos 16 anos era uma Rosa, de pétalas macias e perfume doce
mas, usava seus espinhos para se defender, das durezas e incertezas da vida.
Por ser Simpática e Alegre, sempre foi rodeada por Amizades e Carinhos.
Com bravura singrou mares como uma frágil Jangada mas, sua
risada se confundia com o som das andorinhas em revoadas. Teve momentos de
ondas altas mais soube aproveitar as marés baixas. Tinha a Força de uma Jangada
em alto mar em dia revolto mais nunca perdeu a Fragilidade e a Exuberância da
Rosa.
...
Aos dezoito foi mãe, um passo incerto, quase caiu num abismo
de indecisão, porém, de caráter já formado e personalidade decidida, encarou a
situação de frente. Enfrentou o icerberg do preconceito e encarou a santidade
de ser mãe.
Mãe do Yuri.
Aos dezenove anos casou-se para ser além de mãe, esposa.
Vamos sair do túnel do tempo e falar do presente que se já
se tornou passado.
ANGÉLICA, hoje completa trinta e três anos.
Um dia o mar amanheceu revolto e uma nuvem escureceu o céu,
com destemor saiu para o alto mar. A Jangada sumiu no horizonte e foi engolida
por uma tempestade de chuvas fortes com trovões e raios que cortavam a noite.
Sentiu frio, solidão, teve medo mais não largou o leme e não
perdeu sua bússola que sempre apontou para o porto seguro, pois no cais sua
família a esperava com ansiedade. Os longos dias de vigília e expectativa foi
quebrada numa manhã ensolarada, apareceu um ponto escuro no horizonte, era uma
Jangada.
Suas velas estavam enroladas no mastro quebrado, remava com
toda Força do seu ser, seus cabelos ao vento estavam desalinhados, sua pele
branca estava queimada pela ventania mais seu Sorriso de criança abriu-se ao
ver na beira mar, YURI E JUNIOR BRAGA, de braços abertos saíram ao seu encontro
para abraçá-la e cobri-la de todo Carinho e Amor.
A nuvem escura passou, a tempestade cessou. O Sorriso da
menina travessa resplandeceu em seu rosto e a Rosa desabrochou com sua Doçura
de eterna menina que se tornou mulher.
...
ANGÉLICA.
A Jangada precisa de braços fortes em alto mar, para lançar
e puxar as redes. A Alegria para celebrar as boas pescarias, ter Coragem para
atravessar as tempestades e Determinação com os mares revoltos.
O emblema na vela desfraldada é uma Rosa, com pétalas macias
espalha Meiguice ao seu redor, sua essência perfuma suas Amizades, seus
espinhos lhe protegem das inimizades e invejas. O galho que sustenta sua Beleza
forma um conjunto de CARISMA – ALEGRIA- SIMPATIA- CORAGEM – DETERMINAÇÃO.
Isso sem contar com os seguintes ingredientes:
Toneladas de AMOR.
Mililitros de LÁGRIMAS.
Metros de INTELIGENCIA.
Quilos de EMOÇÃO.
Quilômetros de SENTIMENTOS.
E algumas Gramas de TEIMOSIA.
Você é um Sorriso de criança,
uma Lágrima de emoção, uma Risada de alegria, um Soluço de saudades, uma Voz dentro
do silencio.
Você é minha herança genética, minha menina, doce e
sensível.
Você é, e sempre será, a nossa, a minha.
ROSA DA CASA!
Fátima Silva
13/12/09
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