segunda-feira, 30 de novembro de 2015

LÁGRIMA

Escorre molhando todo rosto.
Um soluço e rompe o pranto
represado pela mágoa, dor física ou emocional.
Em momentos de alegrias elas
teimam e escorrem sobre o rosto ou deixam os olhos
com um brilho especial.
Ela vem rasgando o peito quando a lembrança                                                                                    traz uma mala cheia de saudades.
Histérica quando sem aviso prévio a dor da
perda do ente mais querido ou,
do nosso bichinho de estimação.
Alguns conseguem reprimir o choro,
engolem o gosto amargo disfarçando com
um sorriso nos lábios trêmulos.
Mãos e olhos na prece de olhos fitos
no sobrenatural que crê.
Já que todas as chances naturais
se esvaíram nas portas fechadas e
repetidos nãos lhe consumiram a esperança.
Ao nascermos o choro ecoa
como grito de vitória.
Quando a morte  surpreende,
ela escorre pelo cantos de olhos
perplexos com a rapidez
que constrói uma história.
Alguns deixam rios de lágrimas entre
os parentes e aderentes, amigos, conhecidos
numa rápida oportunidade.
Outros ouve-se apenas um soluço,
precedido pelo barulho seco da areia fofa.
Onde a terra de boca aberta toma posse
do que a natureza lhe entrega a
se tornar pó.
Cumprindo o ciclo natural da vida.
Fátima Silva
30/11/15

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