sexta-feira, 2 de outubro de 2015

INUNDAÇÃO DO AMOR


Debaixo do chuveiro
o casal se acaricia.
A água escorre sobre
seus corpos febris.
Que tremem diante da
explosão de desejos contidos,
reprimidos.
A  água não impede que seus
lábios suguem o sabor de
suas bocas sequiosas de amor.
Entre gemidos ele sente ser
inundado por um rio.
Enquanto ela foi invadida
por larvas de um vulcão
aprisionado nas nascentes grotas
escondidas entre
relvas gotejantes.
Atingidos pelo clímax do
amor lascivo.
Tocado por mãos exploradoras
que se misturam com a água do
chuveiro e as do desejo
saciado.
Fátima Silva
12/09/15

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