Ela esta ali no meio de muitos
papéis, boletos, contas a pagar.
O envelope se destaca com
as cores verde e amarela.
Já li e reli várias vezes.
Cada vez que leio me assusto.
As letras dançam diante dos meus olhos
marejados de lágrimas.
Há quanto tempo não se escreve cartas?
E as redes socais, com seus bate papos, o celular e wahtSapp?
Voltei a ler a carta, estava lá escrito em letras legíveis
o fim de um sonho, de um amor, com juras de ser eterno.
Uma lágrima caiu e borrou algumas letras.
Lendo agora a carta manchada, ela perdia
o significado de muitas coisas.
Num movimento súbito e de alívio.
Joguei a carta dentro de um copo com água.
Vi a água desmanchando as letras, o papel
antes amarrotado.
Se tornando numa massa disforme azulada.
A carta era o fim de um sonho.
Olhando o copo com água, enxuguei as lágrimas e,
dei um suspiro ao sentir naquele gesto.
A alma lavada dos sentimentos frágeis e inseguros.
om um simples copo com água,
Fátima Silva
14/09/15
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