segunda-feira, 14 de novembro de 2016

AVALANCHE DE PALAVRAS


As palavras caem no princípio.
São atropeladas em avenidas movimentadas no horário do rush.
No meio do vendaval da neve no pico dos Alpes.
Murmuradas em preces no árido agreste sertãodo nordeste brasileiro.
Palavras desconexas em leitos de hospitais,
balbuciadas em guetos, cortiços, entre
ratos e gatos misturados com farrapos humanos.
A luz solitária da torre de transmissão.
misturadas com a placa luminosa do anúncio
de dentes imaculados de branco.
Que esconde o negrume da alma corroída
pela  solidão.

É madrugada e o escritor de olhos atentos
à tela do notbook digita com rapidez,
com frenesi a inspiração que vai tomando forma.
Cores, sons, sabores, lembranças da infância ou
mesmo um fato corriqueiro do dia-a-dia.
Dá uma última lida suspira, salva o arquivo.
Se debruça na janela e olha para escuridão.
A brusca freada do carro em alta velocidade na avenida deserta                                                             a sirene que rasga o silencio da noite.
Volta para a cama com um riso nos lábios.
Com a alma lavada e a mente tranquila.
Recebe do seu travesseiro o afago e abraça com
carinho sua companheira, chamada Inspiração!                                                                                       Fátima Silva
21/11/15

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