A MULHER ROSA
As pétalas esfarelam nas mãos da mulher.
Deixa exalar seu perfume .
Sem se importar com a violência sofrida.
Os espinhos rasgam as mãos.
Que tentam sufocá-la.
Quem sabe...
Amordaçá-la.
Lágrimas escorrem sobre o rosto da mulher.
Seu corpo também está machucado
Há cicatrizes profundas.
Também há meros arranhões.
Nada que uma pincelada de mertiolate não cicatrize.
O vento sussurra em seus ouvidos
Abafa os gritos de sua alma angustiada,
Machucada...
Esmaga a rosa em suas mãos.
Resta ainda uma pétala.
Fria.... sem vida.
A mulher escuta o seu coração bater.
Ela vive.
Respira profundamente
Olha o firmamento distante
Sente seus pés em terra firme.
A brisa vespertina.
O dia termina.
A rosa em suas mãos findou.
Sabe que tem uma longa trajetória.
Recolhe em sua lembrança o aroma da rosa
A maciez das pétalas
A dureza dos espinhos.
O odor do sangue.
Caminha lentamente.
Sente que tem uma longa caminhada pela frente que se chama
VIDA!
Fátima Silva
10.03.13
Com esse texto literário ganhei o primeiro lugar no concurso de poesia como membro da ALASAC no Instituto Hélio Goes, em março de 2013.
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