quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

IV ENCONTRO DE MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA


A Sociedade de Assistência aos Cegos realiza todos os anos o Encontro de Mulheres que Fazem a Diferença, em homenagem ao Dia Inernacional da Mulher.
O evento que já está na IV edição, tem como objetivo homenagear e divulgar o trabalho de mulheres que se destacam por seus atos solidários.
Nesse ano as homenageadas serão: Maria da Penha Maia Fernandes (Precursora da Lei Maria da Penha), Maria Fátima da Silva (Escritora) e a Dra. Rena Gomes Moura (Delegada Titular da Delegacia da Mulher).


Evento:
IV ENCONTRO DE MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA
Dia: 02 de Março de 2011.
Local: Sociedade de Assistência aos Cegos
Rua: Padre Anchieta, 1400 – Monte Castelo
Horário: 15 horas

Fonte: Blog da Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC

Durante o decorrer da semana serão publicadas mensagens falando sobre a histórias das homenageadas no Blog da SAC. Acompanhem!

Espumas de Sabão

A mulher de cócoras desenrolava uma trouxa de roupas sujas e colocava-as sobre uma tábua no chão. Ao lado, uma bacia de alumínio sem brilho cheia de água e à mão uma barra de sabão, no ar bolhas coloridas eram levadas pelo vento. A lavadeira estava em baixo de uma frondosa mangueira e via-se seus frutos maduros brilhando através da luz do sol causticante. Aqui acolá uma manga se despregava do ramo e caia no solo fazendo um ruído abafado pela areia do local. Ela passava o dedo indicador sobre a testa onde o suor acumulava e depois esfregava seu avental molhado no rosto como se fosse um lenço.
Ali próximo uma cacimba com paus atravessados e um carretel fazia ruídos. Uma grossa corda trazia na ponta um balde que era arremessado para o fundo da cacimba com agilidade. Latas de flandres eram cheias com a água muito limpa.
Era de baixa estatura e o corpo roliço coberto por um vestido de tecido rústico. Suas bochechas eram vermelhas e via-se as linhas do tempo em sua testa franzida. Os cabelos eram lisos e compridos enrolados num coque junto a nuca e um pedaço de pano em forma triangular fazia uma proteção do sol em sua cabeça.
Em uma das mãos empunhava um pedaço de pau que "açoitava" com força as roupas mais sujas. A água escorria numa vala onde a espuma do sabão deixava marcas brancas e azuladas nas pedras que encontrava.
Ela mastigava algo que passava de um lado para outro na boca de lábios finos e de vez em quando dava uma cuspida longe de uma gosma escura.
De uma das latas tirava água com um caneco e bebia aos goles e o que sobrava jogava sobre algumas galinhas que ciscavam ali perto. Palhas de coqueiro no chão cobertas com roupas que levavam sol para alvejar. Depois eram enxaguadas e penduradas num varal de arame farpado
e balançavam como bandeiras brancas. Seus filhos brincavam correndo e subindo em árvores próximas onde ela se encontrava. De vez em quando a mulher gritava com voz estridente:
- Olha essa brincadeira perto da roupa menino! Ai de vocês, "filho de uma égua" se sujarem minha roupa!
Os meninos saiam em disparada e continuavam a subir nas árvores de onde tiravam frutos e comiam se lambuzando e limpando a boca com os braços ou passando as mãos nos surrados calções. No final da tarde a mulher tirava cuidadosamente a roupa do varal e enrolava em lençóis muito brancos. E mais uma vez gritava:
- Tenha cuidado com a roupa da cumade Maria, menino!
De volta para a casa o cenário mudava. Uma pequena cozinha, um fogareiro com brasas incandescente e uma panela de barro borbulhava e exalava um cheiro de um caldo com ossos
descarnados. Ao lado um ferro de engomar era alimentado pelas brasas do fogareiro e um dos meninos abanava o ferro com um abano feito de palha. As horas passavam e a noite avançava. A mulher puxa um banco que estava debaixo da mesa onde engomava, senta com o vestido arregaçado sobre as coxas. Olha em volta e sorri. As crianças dormem em redes no pequeno quarto. Sobre a mesa estão arrumadas em pilhas as roupas dobradas, passadas e dependurados em cabides calças e camisas engomadas.
A mulher pensa alto:
- Amanhã muito cedo entrego a roupa da cumade Maria e na volta trago a roupa da cumade Mariquinha que tá de resguardo.


Esse texto foi escrito baseado em lembranças da minha infância e retrata a vida de minha tia Elisa Brasil.

Fátima Silva
08.01.11

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pedido de Desculpas

Aos leitores do blog da Escritora Fátima Silva, pedimos desculpas por não ter sido postado ontem (domingo) a 3ª parte dos textos sobre Reabilitação que ela tinha proposto.
Acontece que o computador de Fátima está em manutenção, sendo assim não foi possível a criação de tal texto.
Lamentamos muito o ocorrido, mas assim que possível publicaremos aqui no blog o restante dos assuntos sobre a Reabilitação para cegos.


Grata,
Angélica Braga.
Administradora do Blog

domingo, 16 de janeiro de 2011

Reabilitação - BRAILLE


"Os pontos Braille são sementes de luz
levadas ao cérebro
pelos dedos,
para germinação do saber".

Helen Keller


Hoje, trago algumas respostas desse sistema especial para escrita e leitura de pessoas cegas: O Braille.


- Quem foi Braille?
Louis Braille foi professor e músico, nasceu em 1809 e faleceu em 6 de janeiro de 1852. Com três anos perdeu a visão e em 1819 aos dez anos ingressa no Instituto de Cegos de Paris. Consegue estudar graças ao sistema inventado por Charles Barbier e ainda estudante inventa outro sistema de escrita e leitura que ficou conhecido como Sistema Braille.


- O que é o Braille?
Braille é um sistema de escrita e leitura que consiste em seis pontos em relevo que permite sessenta e três combinações diferentes, que representam o alfabeto, sinais de pontuação, números e notas musicais. Pode ser escrito pela pessoa cega e também lida por ela própria através do tato.


- Para que serve o Braille?

Apesar do avanço tecnológico o Sistema Braille é fundamental para a formação intelectual, profissional, cultural e social da pessoa cega. Através do Sistema Braille a pessoa cega adquire sua autonomia e independência para sua integração no seio da sociedade.

- Curiosidades:
Por um ato oficial o imperador D. Pedro II adotou o Sistema Braille no processo educacional das pessoas cegas.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a reconhecer a universalização do Sistema Braille.


- Informação:

No mês de dezembro/2010 foi realizado o I Seminário Visão Alimentar e Nutricional " O Toque da Diferença". O seminário foi realizado em um dos auditórios da Assembleia Legislativa do Ceará. Coordenação:
Associação de Cegos do Estado do Ceará - ACEC
Deputado Antonio Granja
Comissão de Seguridade Social
Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social - STDS Programação:
- Credenciamento
- Abertura Oficial

- Palestrante 1 - CONSEA ESTADUAL
- Palestrante 2 - Representante das Pessoas com Deficiência Visual e/ou Auditiva

- Palestrante 3 - Representante da FIEC
Os debates e encaminhamentos arrolaram em torno da falta de acessibilidade das pessoas com deficiência visual e/ou auditiva nos supermercados e restaurantes.
Alguns restaurantes não disponibilizam cardápios em Braille. Nos supermercados falta informações em Braille nos rótulos dos produtos e nas etiquetas de preços.

- O que diz a Lei?
A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal devendo o poder público adotar as politícas e ações que façam necessárias para promover e garantir asegurança alimentar e nutricional da população. É dever do poder público respeitar, proteger, promover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização do direito humano à alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para sua exigibilidade. (Art. 2o.)


Fátima Silva
16.01.11

domingo, 9 de janeiro de 2011

Reabilitação - DOSVOX


Nesse primeiro mês de 2011 focarei quatro tópicos importantes na vida de uma pessoa que já enxergou e por alguma circunstância, ou seja, um acidente, doença, cirurgia mal sucedida veio a perder a visão ou tem baixa visão. Para isso irei falar de algumas importantes ferramentas que são utilizadas para uma melhor qualidade de vida dessas pessoas.
Aproveito para dar algumas pinceladas de humor nessa trajetória que a Sociedade Cega vive e que é desconhecida pela "Sociedade Normal".

1ª semana - DOSVOX
2ª semana- BRAILLE
3ª semana- SAC (Instituto Hélio Góes)
4ª semana- Quer ajudar uma pessoa cega? Algumas dicas.

E vamos lá comentar um pouco sobre o DOSVOX.

O Programa de Computação DOSVOX é um software com síntese de voz que nos dá condições de ter acesso a sites, jogos, informações, notícias, bate papo sonoro, arquivos, e-mail, etc. E como é um programa sonoro temos sempre a sensação que estamos acompanhado por alguém, já que o programa vai perguntando as opções. Para começar é muito gostoso quando (Ele) pergunta:
- DOSVOX o que você deseja?
Se optamos para escrever um texto e depois queremos ler o que escrevemos vamos ao Leitor de Tela então o que escrevemos toma vida e também encontramos os erros de digitação, português e de gramática.
Gosto de jogar o SUECAVOX com o meu inseparável parceiro Cebolinha. Eu sou a Mônica e meus adversários são a Magali e o Cascão. Apesar de ter dias em que o Cebolinha não está com nada, eu perco todas. Eu esmurro a escrivaninha "porque eu nunca vi um cara tão lesado como o Cebolinha". Então eu falo pra ele:
- Cebolinha o que está acontecendo com você? Assim eu não ganho umapartida. Você quer que o Cascão e a Magali riam na minha cara?
E para demonstrar a minha raiva dou ESC e vou para outra opção.
Relato agora dois fatos que ocorreram em dezembro num final de semana comigo e minha família.
Em um domingo Junior, meu genro viajou a serviço da empresa em que trabalha. Ao terminar de fazer meu almoço liguei para o celular da minha filha Angélica, estava desligado. O do Yuri também estava desligado. Fiquei um pouco apreensiva e para disfarçar meu nervosismo fui jogar com o Cebolinha. Entre uma partida e outra eu olhava se tinha algum e-mail e numa dessas tentativas li um e-mail da Angélica que dizia:
- Mãe estamos sem comunicação, eu e o Yuri não encontramos os carregadores dos celulares e estamos sem poder nos comunicar com o Junior e a senhora.
Nesse intervalo meu genro liga para o meu celular perguntando se a Angélica está na minha casa então eu falo sobre o e-mail. Trocamos alguns e-mails até meu genro chegar. Ao falar comigo pelo celular a Angélica disse apenas isso:
- Mãe está tudo bem, passei outro e-mail para a senhora, leia.
E ela escreveu assim:
- Mãe, muitos pensam que o fato da senhora ter perdido a visão ,também perdeu seu valor... estão enganados. Me senti muito sozinha por não poder manter contato com vocês. A senhora pelo menos ouvia uma voz... a voz do DOSVOX. Estou chorando e muito emocionada pela sua ajuda. E por ter servido de ponte entre nós, vamos dar um VIVA AO DOSVOX!
No mesmo dia à noite por volta de 21:00 horas recebi um e-mail do meu irmão que mora no Juazeiro do Norte e para minha surpresa o assunto era: Sem comunicação. Ele contava que o aparelho do telefone fixo dele estava com defeito e ele ia ter que comprar outro na segunda-feira feira à tarde. Ao responder seu e-mail relatei o ocorrido com a Angélica e passamos quatro dias mantendo longos contatos virtuais.
Quando voltamos a conversar através do telefone demos um Viva ao Dosvox.
Acho que essa pequena explanação sobre a acessibilidade virtual dá para os leitores perceberem a importância do DOSVOX em nossas vidas.
E para terminar nada mais justo que darmos um alto e sonoro: VIVA AO DOSVOX!




Fátima Silva
09.01.11

sábado, 8 de janeiro de 2011

Amor Verdadeiro

Em uma sala de aula, havia várias crianças, quando uma delas perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?
A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.
A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram se manifestando.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, por que você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração...



Extraída do Livro: "Histórias para sua Criança Interior"
Autora: Eliane de Araujoh
Editora: Roca

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conto de um lago de lágrimas

A Princesa Laisinha

Num país distante havia uma princesa chamada Laisinha. Ela era a única filha do rei Hebron que era viúvo. A rainha havia falecido há um ano. Órfã de mãe Laisinha se debruçava na janela de seu quarto e chorava solitária. Seu pai, o rei Hebron, amargurado, não tinha ânimo de tomar as devidas providências para procurar em seu reino um esposo para Laisinha.

Em baixo da janela de Laisinha formou-se uma poça muito grande das suas lágrimas ali derramadas, que se transformou num lago que refletia raios como um espelho.

Certo dia uma nuvem se formou e caiu uma forte chuva em todo reino. O lago das lágrimas de Laisinha transbordou e se juntou com as águas de um rio que corria ali perto.

O príncipe Luan havia sofrido uma maldição de uma bruxa malvada e esta o transformou em um peixinho dourado. O encantamento só terminaria se ele nadasse em águas salgadas, ou seja, tinha que nadar até o oceano. Nesse dia à medida que o rio aumentava o volume das águas, ele sentia que era empurrado para as margens do rio. O peixinho dourado sentiu que as águas do rio estavam com um sabor esquisito, mas agradável. Ao chegar às margens do rio o peixinho dourado se transformou em príncipe Luan.

A chuva também parou.

Andando em direção ao reino que aparecia diante de seus olhos viu um lago que resplandecia igual a um espelho. Andou com passos rápidos com o coração aos pulos, pois tinha medo de voltar a sua aparência de peixinho dourado.

Laisinha se debruçou sobre sua janela, mas não sentiu vontade de chorar e para sua surpresa viu em sua direção um jovem com trajes de príncipe.

O rei quando soube que nas terras do seu reino tinha sido encontrado um jovem príncipe pediu que ele adentrasse em seus aposentos reais. Luan contou sobre a maldição da bruxa e falou também do seu medo de voltar à forma de peixinho dourado.

Um dos magos do reino foi chamado para ouvir o príncipe Luan. Ele falou sobre a beleza do lago que refletia como um espelho. Laisinha foi chamada às pressas nos aposentos reais de seu pai.
Luan e Laisinha ao cruzarem seus olhos sentiram seus corações estremecerem de amor.

O mago falou para o casal apaixonado

- Laisinha as suas lágrimas serviram como antídoto para o príncipe Luan voltar a sua forma humana.

O casamento de Laisinha e Luan foi festejado em todo reino durante um ano. E a estória da Princesa Laisinha e o príncipe Luan foi contado pelos mais longínquos lugares daquele reino distante.

Fátima Silva

04.01.11

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Palavras transformadas em emoção

O ano de 2011 mal começou e já tem me proporcionando algumas alegrias. Uma delas é o fato de ter sido convidada pela Vivi, para fazer a abertura do Desafio Literário 2011, que tem como tema agora no mês de Janeiro: Literatura Infanto-Juvenil.
Na verdade tomei conhecimento da existência do DL através da minha filha, Angélica, que está participando pela primeira vez. Para fazer a lista dos livros que seriam lidos durante o ano, Angélica pediu minha ajuda na escolha de alguns livros.
De imediato, fiquei muito feliz da existência de um desafio como esse, pois não há dúvidas que é um valioso incentivo à leitura. Enquanto sabemos que muitos jovens estão voltados para coisas tão fúteis, outros estão em busca do conhecimento. Num país onde o indicie de analfabetismo cultural é muito grande.
Conheça o texto escrito por mim e que foi publicado na abertura do DL 2011:


O Incrível Mundo Infantil
Beto é um jovem universitário, de boa aparência, bem relacionado entre os jovens do seu meio social e os inúmeros amigos virtuais. Gosta de praia, futebol e de um bom livro. Têm em sua casa belíssimas coleções de livros, inúmeros romances, livros épicos, sem contar com os livros de estudos para sua formação acadêmica.
Todos os dias os livros de Beto eram cuidadosamente limpos, pois ele sofria de rinite alérgica. Às vezes quando estava em crise lia com uma máscara sobre o rosto.
Ao procurar um livro na estante viu algo estranho. Um livro de formato grande, capa dura com letras douradas e com aparência de envelhecido, como se já tivesse sido muito manuseado. O título do livro era: O Incrível Mundo Infantil. Beto gritou o nome da empregada em desespero e afobado se perguntava o que fazia ali aquele livro ridículo, entre seus livros tão bem cuidados e limpos.
Enquanto conjecturava sobre aquela situação... De repente o livro saltou da estante dando algumas passadas com pernas bamboleantes em sua direção. Entre as letras havia olhos grandes e brilhantes e uma grande boca aberta num afetuoso sorriso.
Assustado Beto pergunta:
- Quem é você? Que brincadeira é essa?
O Livro respondeu:
- Não se preocupe não vou lhe fazer nenhum mal. Tire essa máscara, pois iremos fazer uma pequena viagem e lá, você se sentirá muito bem.
Sem entender nada do que estava acontecendo, Beto viu que as páginas do Livro folheavam e faziam um barulho estranho. Ele foi enrolado pelo Livro e saíram voando por alguns minutos. Tudo foi muito rápido. Beto Ouviu quando o Livro falou sorrindo:
- Seja bem-vindo ao Mundo de Faz de Conta, que é chamado também de Incrível Mundo Infantil.
Beto estarrecido olhou em sua volta e viu uma imensa planície, nela havia animais por toda parte. Num grande lago belos cisnes nadavam e o Livro apontou um dos cisnes que um dia fora o Patinho Feio. Chapeuzinho Vermelho veio dar-lhe as boas vindas junto com Cinderela e Rapunzel. Viu os Três Porquinhos sem contar com os moinhos de D. Quixote. Havia também castelos com príncipes e suas princesas, assim como reis e rainhas. O Pequeno Polegar, Ali Babá sem contar com Narizinho e a Boneca Emília.
Beto sentiu que o ar era puro e saudável e veio sobre ele uma sensação muito agradável, pois seu nariz não escorria e nem coçava. O Sol lhe deu boas vindas com um largo sorriso e lá longe viu um arco-íris e lia-se com letras de pedaços de nuvens: Era uma vez...

Fátima Silva


Para conhecer:

1) a lista de livros que eu e Angélica escolhemos juntas acesse o blog www.alemdaspaginasdeumlivro.blogspot.com

2) o blog do Desafio Literário acesse www.desafioliterariobyrg.blogspot.com

3) o blog da Vivi, a idealizadora do projeto acesse www.romancegracinha.com

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