terça-feira, 22 de setembro de 2015

O OLHAR QUANDO É CEGO


NÃO PERDE AS PAISAGENS DO CORAÇÃO
O AMOR QUE VEM ILUMINADO DO EGO
NÃO LIMITA O ALCANCE DA VISÃO
OS OUVIDOS QUE NÃO CAPTAM SONS
SÃO ESTIMULADOS PELA SONORIDADE DO VIVER
OS QUE APRENDEM LIBRAS COMO NOVOS DONS
ESCUTAM A VIDA COM A MELODIA DO SER
AS RODAS QUE VIRAM PERNAS A SE MOVER
TAMBÉM ENCONTRAM OS CAMINHOS PARA TRILHAR
ESPERANÇA ELAS TEM DE PODER COMOVER
AQUELES SEM LIMITAÇÕES PARA ANDAR
AS MENTES QUE TRABALHAM COM PLENITUDE
SEM NENHUMA DEFICIÊNCIA NO INTELECTO
PRECISAM DAR CARINHO COM ATITUDE
AOS QUE SÃO JULGADOS PELO ASPECTO
OS MUTILADOS QUE SORRIAM COM AMPUTAÇÕES
QUEREM MOSTRAR QUE OS MEMBROS QUE LHES FALTAM
SÃO OS BRAÇOS FORTES, PERNAS E TENDÕES
QUE OUTROS MOVIMENTOS DA ALMA ESMALTAM
AS BOLSAS EXCRETORAS QUE ESTÃO NAS CINTURAS
DEPENDEM MAIS DO OUTRO PRA SEREM ACESSÓRIOS
O PRECONCEITO É O MAIOR DEJETO QUE AS CRIATURAS
AINDA CARREGAM NOS OMBROS E SUSPENSÓRIOS
21 DE SETEMBRO É A NOSSA DATA PERFEITA
PARA QUE TODOS SE UNAM NESTA SEMEADURA
UM DIA CHEGARÁ COM A JUSTA COLHEITA
E TODA DEFICIÊNCIA ENCONTRARÁ UMA CURA.

Autor Paulo Roberto Cândido
Escritor, poeta, professor de Informática do Instituto Hélio Goes, membro da AMLEF-
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e presidente da ALASAC- Academia de Letras e Artes da Sociedade dee Assistência aos Cegos.

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